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28.03.2025 05:44 PM
Trump pressiona e o mercado de ações reage com uma queda

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Mercados globais em ebulição com novas tarifas dos EUA, ações despencam e ouro dispara

Os mercados financeiros ao redor do mundo enfrentam o segundo dia consecutivo de fortes quedas, enquanto o ouro dispara para novos recordes históricos, impulsionado por uma inesperada escalada nas tensões comerciais iniciada pela Casa Branca.

Na quarta-feira, o governo de Donald Trump anunciou uma tarifa de 25% sobre carros e peças importados, aumentando as tensões no cenário internacional. A notícia abalou os mercados asiáticos, levando os principais índices Nikkei (Japão) e KOSPI (Coreia do Sul) imediatamente para o território negativo.

Gigantes automotivas dos EUA em queda

Os investidores reagiram com preocupação, já que as maiores montadoras americanas sentiram um impacto direto. As ações da General Motors caíram 7,36%, enquanto a Ford recuou 3,88%. Já a divisão americana da Stellantis encerrou o pregão em baixa de 1,25%.

As fornecedoras de autopeças também sofreram pressões, com Aptiv e BorgWarner registrando quedas de cerca de 5%, refletindo preocupações sobre a estabilidade das cadeias globais de suprimentos.

Wall Street não resiste ao golpe: índices fecham no vermelho

Os índices de ações dos EUA encerraram o dia com perdas significativas:

  • Dow Jones caiu 155,09 pontos (-0,37%), fechando em 42.299,70.
  • S&P 500 perdeu 18,89 pontos (-0,33%), caindo para 5.693,31.
  • Nasdaq recuou 94,98 pontos (-0,53%), terminando em 17.804,03.

Tendência preocupante: risco de queda dupla mensal pela primeira vez em seis meses

Se essa tendência continuar, os mercados acionários dos EUA podem registrar dois meses consecutivos de queda, algo que não ocorre desde outubro do ano passado. Os investidores seguem cautelosos, evitando ativos de risco enquanto o governo americano mantém sua retórica agressiva no comércio global.

Gigantes europeias do setor automotivo em queda

Os mercados europeus não ficaram imunes à onda de pessimismo. O pregão terminou no vermelho, com as principais montadoras sofrendo as maiores perdas:

  • Volkswagen caiu 1,26%
  • BMW perdeu 2,55%
  • Mercedes-Benz recuou 2,69%

O temor de novas tarifas dos EUA sobre automóveis afetou diretamente o setor.

Índices europeus atingem mínima de duas semanas

O índice STOXX 600, que acompanha as maiores empresas da Europa, caiu 0,44%, fechando em 546,31 pontos, sua pior marca nas últimas duas semanas. O índice global MSCI, que reflete o desempenho das ações ao redor do mundo, também perdeu 2,77 pontos (-0,33%), encerrando o dia em 843,19.

Tarifas e política do Fed assustam investidores

A ampliação da guerra tarifária não afetou apenas setores específicos, mas todo o sentimento do mercado. Crescem os receios de que essas novas tarifas possam atrasar a recuperação econômica global e forçar o Federal Reserve a adiar cortes de juros anteriormente previstos para os próximos meses.

Apesar das tentativas recentes dos mercados de se estabilizar, a incerteza permanece alta, e os investidores seguem cautelosos em suas decisões.

Flutuações Cambiais: Dólar enfraquece, euro se recupera

O índice do dólar, que mede sua força em relação a seis moedas globais, caiu 0,33%, encerrando o dia em 104,29. Por outro lado, o euro se fortaleceu, subindo 0,4% para US$ 1,0795.

As moedas de países fortemente ligados à indústria automotiva sofreram perdas, com o peso mexicano caindo 0,86% e o dólar canadense recuando 0,29%, à medida que economistas preveem um impacto negativo nessas economias caso as tarifas americanas sobre automóveis sejam implementadas integralmente.

Canadá Prepara Resposta: Ottawa avisa sobre possível retaliação

Diante da escalada das tensões comerciais, o primeiro-ministro do Canadá, Mark Carney, afirmou na quinta-feira que, caso o governo Trump imponha tarifas sobre carros estrangeiros, Ottawa não ficará de braços cruzados. Carney disse que a resposta canadense será "não específica, mas eficaz", sinalizando uma abordagem flexível, mas determinada, conforme o conflito se intensifica.

Economia Americana mantém o ritmo apesar da turbulência

Novos dados econômicos dos EUA mostram estabilidade no mercado de trabalho. O número de pedidos de auxílio-desemprego continua a cair, enquanto a taxa de emprego permanece estável, segundo estimativas preliminares.

Curiosamente, os planos de Elon Musk para reduzir drasticamente o número de funcionários federais, como parte de uma reforma administrativa, ainda não tiveram um impacto perceptível nas estatísticas, assim como a política tarifária da Casa Branca.

Tarifas automotivas com prazos definidos: Um golpe no cronograma

O plano do presidente Donald Trump de impor tarifas de 25% sobre carros e picapes importados entrará em vigor em 3 de abril. Um mês depois, em 3 de maio, as mesmas tarifas passarão a ser aplicadas a peças automotivas. Apesar do tom agressivo, Trump deixou aberta a possibilidade de ajustes nas condições, mantendo a incerteza sobre os desdobramentos da política comercial.

Gigante da tecnologia amortece queda do mercado

Em meio à queda generalizada dos índices, um ponto positivo foi a valorização das ações da Apple, que subiram 1,05%. Esse movimento ajudou a amenizar as perdas do S&P 500, evitando uma queda ainda mais acentuada.

Mercado Nervoso: Investidores presos na incerteza

A imprevisibilidade das políticas comerciais de Trump continua pressionando Wall Street. Os investidores temem uma disrupção nas cadeias globais de suprimentos, fuga de capitais e aumento das expectativas de inflação. Esses fatores podem minar a confiança no crescimento econômico global.

Surpresa no Mercado: Ações da Dollar Tree disparam com transparência

No setor corporativo, a rede de lojas de desconto Dollar Tree chamou atenção. Após admitir problemas financeiros na subsidiária Family Dollar, que teve prejuízo de aproximadamente US$ 1 bilhão, suas ações dispararam 11%. O rali foi impulsionado por previsões positivas dos analistas, que revisaram para cima a avaliação da empresa. Para os especialistas, a honestidade da gestão e a possível revisão da estratégia foram vistas como sinais encorajadores pelo mercado.

Foco na Inflação: Mercado apreensivo com novo indicador

Nesta sexta-feira, os olhos dos investidores estarão voltados para dados atualizados sobre a inflação, especificamente o índice PCE (Personal Consumption Expenditures) de fevereiro — indicador favorito do Federal Reserve para medir a pressão inflacionária. O relatório poderá influenciar as próximas decisões do Fed sobre juros e definir o tom do mercado para o segundo trimestre.

Ações dos EUA no Vermelho: O pior início de ano desde a pandemia

As preocupações com a escalada da guerra comercial e a incerteza em torno da política monetária já estão afetando o sentimento dos investidores. Os traders reduziram significativamente suas posições em ações americanas, e os impactos não demoraram a surgir: o índice S&P 500 recuou cerca de 7% desde o recorde registrado em 19 de fevereiro, enquanto o Nasdaq, fortemente baseado em tecnologia, caiu quase 12% desde seu pico em meados de dezembro.

Ásia Sob Pressão: Gigantes automotivos do Japão e da Coreia puxam mercados para baixo

O pessimismo também dominou os mercados asiáticos. Os principais índices da região caíram nesta sexta-feira, com destaque para as quedas no Japão e na Coreia do Sul. O Nikkei japonês recuou mais de 2%, pressionado pelas quedas nas ações da Toyota e da Honda, dois pilares da indústria automotiva. O KOSPI sul-coreano também caiu, atingindo a mínima de duas semanas em meio às perdas no setor automotivo — uma peça central da economia local.

Hong Kong Fora da Tendência: Mercado chinês reage de forma diferente

Curiosamente, o Hang Seng de Hong Kong subiu 0,6%, desafiando o pessimismo global. O mercado ignorou as ameaças de novas tarifas e reagiu positivamente a sinais encorajadores vindos de Washington. O presidente Donald Trump afirmou estar disposto a fazer concessões sobre tarifas chinesas caso seja firmado um acordo para a venda do TikTok a um investidor americano sem ligação com a ByteDance, da China.

Gigantes automotivos mudam de rota: Produção se afasta do impacto das tarifas

A nova onda de tarifas promovida pela Casa Branca já começou a reconfigurar o mapa da indústria automotiva global. Grandes montadoras, como Volvo Cars, Audi (Volkswagen Group), Mercedes-Benz e Hyundai, anunciaram oficialmente a transferência de parte de suas fábricas para regiões mais estáveis a fim de minimizar os custos gerados por novas barreiras comerciais.

A italiana Ferrari, cuja produção é integralmente baseada na Itália, adotou uma estratégia diferente: a empresa pretende aumentar os preços de alguns modelos em até 10%, compensando possíveis custos logísticos e de exportação.

Dólar perde fôlego à Medida que o mercado se preocupa com a economia dos EUA

O dólar mostrou fraqueza no mercado de câmbio. Com as crescentes preocupações sobre o impacto das tarifas no crescimento econômico dos EUA, a moeda americana está em queda no primeiro trimestre. O euro se manteve estável em US$ 1,07942 e deve fechar o trimestre com uma valorização de cerca de 4%.

Iene japonês se fortalece: Foco nas taxas do Banco do Japão

O iene ganhou força, atingindo 150,76 por dólar nas negociações asiáticas. A moeda japonesa também se valorizou quase 4% no trimestre, impulsionada pelas expectativas de um aumento nas taxas de juros no Japão — algo que não ocorre há anos.

Inflação em Tóquio aumenta pressão por aperto monetário

Dados divulgados nesta sexta-feira mostraram que a inflação de consumo básica na capital japonesa acelerou em março. Os preços dos alimentos continuam subindo, e a inflação permanece acima da meta do Banco do Japão, reforçando as apostas do mercado em um possível aperto monetário no curto prazo.

Ouro Brilha: Metal precioso atualiza seu máximo histórico

Em meio à escalada dos conflitos comerciais globais, o ouro reafirmou seu status como principal refúgio seguro para investidores. Nesta sexta-feira, os preços do metal precioso atingiram um novo recorde, com o valor à vista chegando a US$ 3.073,31 por onça, uma alta de 0,58% no dia.

A ameaça de uma guerra comercial em larga escala está impulsionando a migração de capital das ações para ativos mais conservadores, e o ouro segue imbatível nesse papel.

Desde o início do ano, o metal valorizou mais de 17%, colocando o primeiro trimestre de 2025 como o melhor desde meados da década de 1980. A última vez que o ouro registrou um crescimento trimestral tão expressivo foi em 1986.

Petróleo sob pressão: Preços reagem à geopolítica e restrições de oferta

Enquanto o ouro dispara, o mercado de petróleo segue uma trajetória mais contida. O WTI (petróleo americano) subiu 0,39%, sendo negociado a US$ 69,92 por barril, enquanto o Brent (referência global) avançou 0,33%, para US$ 74,03.

Os investidores estão avaliando um duplo impacto:
  • De um lado, as tensões geopolíticas aumentam os temores sobre a oferta.
  • Por outro, novas barreiras comerciais podem desacelerar o crescimento econômico, reduzindo a demanda por energia.

Apesar das pequenas oscilações no dia, os futuros do petróleo fecharam em leve baixa: o Brent recuou 0,07%, para US$ 73,98, enquanto os futuros do WTI também caíram 0,07%, para US$ 69,87.

Essa volatilidade reflete a incerteza do mercado, com os traders tentando prever se os cortes de oferta terão um efeito positivo maior do que o impacto negativo da escalada tarifária.

Thomas Frank,
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